A fachada de uma empresa é o seu primeiro cartão de visitas. Um prédio limpo e bem conservado transmite profissionalismo e segurança. No entanto, em grandes centros urbanos, essa imagem é frequentemente comprometida por uma praga silenciosa, mas devastadora: os pombos urbanos (Columba livia).
Mais do que um incômodo estético, a presença massiva dessas aves representa sérios riscos à saúde pública e à integridade estrutural dos edifícios. Gestores de facilities, síndicos e empresários enfrentam o desafio diário de lidar com a sujeira e o barulho, muitas vezes sem saber como agir de forma definitiva e, crucialmente, dentro da lei.
Neste artigo, vamos abordar a importância do controle de pombos profissional, desmistificar as questões legais sobre o manejo dessas aves e apresentar as soluções de barreiras físicas mais eficazes para proteger o seu patrimônio.
O problema dos pombos em áreas urbanas
Os pombos adaptaram-se perfeitamente ao ambiente urbano. Nossas cidades oferecem tudo o que eles precisam para proliferar descontroladamente:
- Abrigo: Beirais de prédios, marquises, vãos de ar-condicionado e parapeitos de janelas simulam as falésias rochosas que são seu habitat natural, oferecendo locais seguros para nidificação longe de predadores.
- Alimento: Restos de comida em lixos, ração de animais domésticos exposta e, infelizmente, pessoas que os alimentam deliberadamente em praças, garantem suprimento constante.
- Ausência de Predadores Naturais: Nas cidades, eles têm poucos inimigos naturais, o que aumenta sua taxa de sobrevivência e reprodução.
O resultado dessa “tempestade perfeita” é a superpopulação. O primeiro impacto visível é a deterioração do patrimônio. As fezes dos pombos são altamente ácidas. Quando acumuladas sobre concreto, metal, pintura de fachadas e até monumentos históricos, elas provocam uma corrosão acelerada, manchando superfícies de forma irreversível e, em casos graves, comprometendo estruturas metálicas e entupindo calhas e dutos de drenagem.
Doenças transmitidas: Criptococose e Salmonelose
Se o dano material já é preocupante, o risco biológico é alarmante. O controle de pombos é, antes de tudo, uma medida de saúde pública.
As aves em si não costumam atacar humanos, mas seus excrementos, penas e ninhos são vetores de dezenas de enfermidades. Quando as fezes secam, elas se transformam em poeira. O vento ou a simples varrição incorreta fazem com que fungos e bactérias presentes nesse material sejam inalados por pessoas que circulam no ambiente ou trabalham próximo a janelas e aparelhos de ar-condicionado contaminados.
Entre as principais doenças transmitidas por pombos, destacam-se:
- Criptococose: Conhecida como a “doença do pombo”, é causada por um fungo presente nas fezes. Quando inalado, pode causar infecções pulmonares graves e, se atingir o sistema nervoso central, levar à meningite criptocócica, que pode ser fatal.
- Salmonelose: Bactérias do gênero Salmonella presentes nas fezes podem contaminar alimentos ou água, causando infecções gastrointestinais severas, especialmente perigosas para crianças e idosos.
- Histoplasmose: Outra infecção fúngica pulmonar grave transmitida pela inalação de esporos presentes no acúmulo de fezes antigas.
- Ectoparasitas: Ninhos de pombos atraem ácaros, piolhos e percevejos, que podem migrar para dentro das edificações e causar alergias e dermatites em humanos.
Por que o extermínio é crime ambiental (Ibama)?
Diante dos problemas citados, a reação instintiva de muitos é buscar formas de eliminar os animais. É aqui que reside o maior erro jurídico que uma empresa pode cometer.
No Brasil, os pombos urbanos, quando vivendo livremente, são considerados fauna doméstica. Portanto, eles são protegidos pela Lei de Crimes Ambientais (Lei Federal nº 9.605/98). O artigo 29 desta lei torna crime inafiançável matar, perseguir, caçar ou maltratar espécimes da fauna. O uso de venenos (o famoso “chumbinho”, que é ilegal e perigoso para humanos e pets), armas de pressão ou qualquer método cruel pode resultar em multas pesadas e até prisão para os responsáveis pelo imóvel.
Órgãos como o Ibama e as vigilâncias sanitárias municipais são claros: o controle deve ser feito através do manejo integrado e repelência, nunca pelo extermínio.
O objetivo não é matar a ave, mas sim tornar o ambiente da sua fachada inóspito para ela. Se o pombo não consegue pousar, não consegue fazer ninho e não encontra conforto, ele migrará para outro local. É essa a base do trabalho de uma controladora de pragas profissional.
Métodos de Repelência da Biodoca
Para realizar o controle de pombos de forma ética, legal e eficaz, a Biodoca utiliza técnicas de barreira física. O objetivo é bloquear o acesso aos pontos de pouso e nidificação na estrutura do prédio.
Cada fachada exige uma estratégia diferente, dependendo da arquitetura e do grau de infestação. Conheça os principais métodos:
Espículas
As espículas para pombos são talvez o método mais conhecido e versátil. Trata-se de bases (geralmente de policarbonato resistente a UV ou aço inox) com hastes despontadas.
- Como funciona: Ao contrário do que parece, as pontas não são feitas para furar ou machucar a ave. Elas servem para criar uma superfície irregular onde o pombo não consegue encontrar equilíbrio para pousar.
- Onde é usado: São ideais para superfícies lineares e estreitas, como parapeitos de janelas, beirais de telhados, topos de muros, letreiros de lojas e luminárias externas.
- Vantagem estética: Existem modelos transparentes que se tornam praticamente invisíveis a média distância, não comprometendo o visual da fachada.
Telas de bloqueio e Gel repelente
Quando a área a ser protegida é maior ou o uso de espículas não é viável, recorremos a outras táticas:
- Telas de Polietileno: São redes de alta resistência usadas para o bloqueio físico total de áreas. São perfeitas para fechar vãos de ar-condicionado, varandas técnicas, nichos arquitetônicos ou áreas de serviço abertas onde os pombos costumam entrar para fazer ninhos em grande quantidade. A tela cria uma barreira intransponível sem bloquear a ventilação.
- Gel Repelente de Contato: Este é um método químico, mas não tóxico. Aplica-se um gel pegajoso em superfícies onde as aves pousam. Os pombos detestam a sensação tátil de algo grudando em suas patas. Ao tentar pousar, eles sentem o desconforto e voam imediatamente, aprendendo a evitar aquela área. É uma excelente opção para locais onde a estética não permite a instalação de espículas ou telas.
A importância da remoção e limpeza das fezes (Risco biológico)
Antes de instalar qualquer barreira física, há uma etapa crítica que jamais deve ser negligenciada: a limpeza de fezes de pombos e a descontaminação do local.
Instalar uma tela sobre um local cheio de fezes antigas é prender o risco biológico dentro da sua estrutura. A remoção desses resíduos é uma operação de risco e não deve ser feita pela equipe de limpeza comum do prédio.
Técnicos especializados utilizam Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) de alto nível, incluindo máscaras respiratórias com filtros específicos, luvas e macacões descartáveis. A técnica correta envolve a umidificação prévia das fezes com desinfetantes potentes antes da remoção, evitando que os esporos de fungos e bactérias subam para o ar em forma de poeira.
Após a remoção física da sujeira, o local deve passar por um processo rigoroso de sanitização de ambientes para eliminar microrganismos remanescentes, garantindo um local seguro para a instalação das barreiras.
Conclusão
Investir no controle profissional de pombos não é um gasto, mas uma proteção essencial para a saúde dos ocupantes do edifício e para a preservação do valor do imóvel. Tentar soluções caseiras ou ilegais geralmente resulta em mais problemas, custos jurídicos e ineficácia a longo prazo.
Utilizar métodos de repelência permitidos por lei, como espículas, telas e géis, aplicados por especialistas após uma limpeza técnica rigorosa, é a única forma de garantir que sua fachada permaneça limpa, segura e livre dessa praga urbana, respeitando o meio ambiente e a legislação vigente.
A fachada da sua empresa está sofrendo com a sujeira dos pombos? Não arrisque a saúde da sua equipe nem a imagem do seu negócio com soluções amadoras. Entre em contato com a Biodoca para uma avaliação técnica e descubra a solução de barreira física ideal, segura e legal para o seu imóvel.






